segunda-feira, 20 de abril de 2009

NA ESCOLA... COM HENRIQUE CAYATTE




No dia 20 de Abril, pelas 10H05, tivemos o prazer e o privilégio de receber, na Biblioteca Escolar, o presidente do Centro Português de Design e membro da Associação Europeia de Design (Bureau of European Design Associations), o conceituado designer e ilustrador Henrique Cayatte. Esta individualidade de renome internacional, conta com um currículo vastíssimo e invejável, sendo detentor de prestigiados prémios na área da ilustração, quer no contexto nacional quer internacional.
Henrique Cayatte desenvolveu a sua comunicação falando do trabalho do ilustrador e do designer, expondo as qualidades fundamentais que estes profissionais devem apresentar.
Citando Henrique Cayatte, “na ilustração, a voz do ilustrador junta-se à do escritor”. O ilustrador parte de um texto dirigido a um certo tipo de público e tem como missão apoiar o texto e a leitura. Tendo ilustrado livros de Alice Vieira, José Eduardo Água Lusa, José Jorge Letria, entre outros consagrados autores, informou que actualmente o ilustrador, além do seu talento, conta com um conjunto de ferramentas extraordinárias: o computador, o software de desenho, o scanning, a máquina fotográfica, etc.
A tecnologia também alterou o trabalho do designer, nomeadamente a partir do momento em que surgiu o design multimédia. É fundamental para um designer acompanhar as novas tecnologias e materiais. Na sua opinião, um designer, para vencer no mercado de trabalho, deverá, acima de tudo, ser um humanista, ou seja, nunca poderá perder o respeito pelos outros, virando-se apenas para si. “Os bons designers são invisíveis”, muitas vezes ”anónimos”, ou seja, há uma forte dimensão social no trabalho do designer, há que ir ao encontro do público, desenhar para os outros, não para si.
O designer também deverá ser um perito em comunicação, conjugando sempre a função com a forma, a funcionalidade com a estética.
Em jeito de conclusão, Henrique Cayatte afirmou que a sua vida se pauta por valores éticos, considerando a liberdade e o respeito pelo outro como princípios fundamentais, tanto na vida pessoal, como profissional. A sua máxima é “Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti”, “Respeita, se queres ser respeitado”.
Poderíamos ter ficado horas a ouvir este excelente comunicador, porém, a sua agenda muitíssimo preenchida fê-lo partir para mais reuniões, projectos, compromissos inadiáveis... Ficou o seu agradável testemunho e a vontade de um dia voltarmos a recebê-lo, pois é sempre bom ouvirmos um excelente profissional, um comunicador exímio, um humanista com forte dever cívico e social, alguém com um currículo e experiência de vida assinalável e admirável...

Sem comentários: